A primeira experiência de Roberto Costa (MDB) como chefe do executivo bacabalense tem sido desafiadora e, de certa maneira, provocado uma revolução administrativa porque suas medidas iniciais contrariam o que para boa parte da classe política é comum, a exemplo de conceder privilégios e fazer negociatas em troca de apoio, coisas que, pelo menos até aqui, o novo prefeito tem conseguido driblar.
A estratégia corajosa é, ao mesmo instante, temerosa. No ano que vem Roberto precisará recriar alguns laços que o ajudaram a chegar à prefeitura. Porém, ele deve ter plena convicção que o mais importante é a opinião pública a favor.
Ao assumir o comando do município, Roberto Costa não só passou a ter a responsabilidade de vistoriar e/ou retomar obras e serviços prestados nas repartições públicas do município, e, por mais que houvesse esforço por parte do gestor anterior, ficaram para trás inúmeras falhas, que, se não corrigidas com certa urgência, se agravam e podem comprometer e até prejudicar o andamento da administração atual.
Em seus discursos e entrevistas o prefeito tem buscado ser o mais transparente possível, às vezes, tocando diretamente em algumas feridas abertas, como a situação do abastecimento de água, desorganização do trânsito, disparidade salarial, falta de qualificação técnica, baixos indicadores no índice de avaliação da rede municipal de ensino e, ainda, situações negativas que ele atribui ao setor da saúde.
Por mais embaraçosa que se torne, essa postura de Roberto Costa é a mais adequada e esperada por quem confiou o voto a ele. Muito embora haja quem discorde, não há outro rumo a tomar que não seja desatar os nós.
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