A cada dia que se aproxima o período das convenções partidárias, entre 20 de julho e 05 de agosto, aumenta a expectativa quanto à confirmação dos nomes que disputarão os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Em Bacabal, nono município mais populoso do Maranhão, com cerca de 105 mil habitantes e 69.691 eleitores aptos a votar, apenas dois pré -candidatos a prefeito assumiram publicamente essa condição. O contador Plínio Oliveira, do Partido Novo; e o engenheiro agrônomo Jansen Penha, do Mobiliza. Além deles, a corrida eleitoral pela principal cadeira da sede do poder executivo bacabalense deverá contar com apenas mais outros dois postulantes: o deputado estadual Roberto Costa, do MDB, com o apoio do grupo da situação; e o empresário Marcos Miranda, do União Brasil, representando a principal força da oposição.
Todavia, apesar das evidências e de permanecer liderando todas as pesquisas, o primeiro ainda parece indefinido, pois, se optar em disputar as eleições municipais e se eleger, Roberto terá que abrir mão do restante do mandato de deputado e, como consequência, acabar perdendo boa parte da influência que atualmente detém com a classe política do estado, principalmente com a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale, e com o governador Carlos Brandão. E, digo mais: ao abdicar do espaço conquistado no cenário político estadual, o emedebista se distancia da vaga de candidato a vice-governador na chapa apoiada pelo próprio governador, em 2026.
Por fim, Bacabal também perderá representatividade na Assembleia Legislativa, passando a ter apenas dois deputados, Davi Brandão e Florêncio Neto, ambos do PSB.
Já o segundo, tem empurrado a decisão de se candidatar para mais próximo da data limite enquanto seus advogados tentam por Brasília reverter sua inelegibilidade, coisa que pouquíssimas pessoas acreditam que aconteça, e, por isso mesmo, defendem que para não perder tempo e nem correr riscos, Marcos Miranda, logo de início, apresente o filho Marcos Júnior. "O problema é que o garoto não simpatiza com a ideia e nem quer ouvir falar na possibilidade de ingressar na política", revelou uma fonte com quem a reportagem do omaranhense.com.br conversou.
Até que escolha o melhor caminho, Marcos Miranda vai ganhando tempo e empurrando com a barriga. Como não reside em Bacabal, ele tem despachado com suas lideranças na varanda da Boa Hora, uma das suas fazendas no município de Bom Lugar, onde a esposa Marlene Miranda é prefeita. Na propriedade, o empresário tem feito todo tipo de negócio em troca de apoio, e, como seus adeptos gostam de fazer propaganda, de lá ninguém sai de mãos abanando. Quando não é com dinheiro em espécie, é com sacolas com carne de gado, num claro abuso do poder econômico e descumprimento das regras da justiça eleitoral.
Nas redes sociais há quem duvide que esse método surta algum.efeito prático. "Essa situação do Marcos é a seguinte: os políticos de Bacabal já conhecem aqueles caras furões, que gostam de dar uma beliscada no dinheiro dos outros, aí como aqui não está dando mais certo, estão indo ferrar com aquelas escacelas debaixo do braço dizendo que é lider de bairro tal, de povoado tal, que é para poder pegar dinheiro. Os caras querem é ferrar o Marcos, entendeu?", disse um internauta exímio conhecedor do modus operandi dessas pseudos lideranças que formam caravanas rumo a Boa Hora.
O craque e o perna-de-pau
Por fim, outra bola fora do empresário é tentar associar seu nome à imagem do saudoso ex-prefeito Zé Vieira, que, muito embora, assim como Marcos, tenha ficado inelegível, deixou um legado incomparável e até hoje reconhecido. Na política, Zé Vieira era craque, Marcos Miranda nunca passou de um bola murcha, jogador de time pequeno, que tropeça nas pernas, apelidado de perna-de-pau pela torcida.
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