Mãe de policial morto em assalto a ônibus pede justiça

Por Adriana Magalhães 

O velório do policial militar Mazoel da Silva Carvalho, 34 anos de idade, aconteceu na madrugada e manhã desta quarta-feira (14), em Teresina. O corpo do PM foi velado sob forte comoção de familiares e amigos. Uma comitiva da Polícia Militar do Pará esteve no Piauí para prestar a última homenagem ao soldado morto na segunda-feira (13) em um ônibus no município de Santa Luzia do Paruá. O piauiense ingressou na corporação em 2018.

A mãe do PM, a dona de casa Maria de Lourdes, falou com a equipe do portal cidadeverde.com. Bastante emocionada ela pediu justiça. "O que eu quero é  justiça, que esses irresponsáveis que tiraram a vida do meu filho sejam presos e paguem por isso", disse. 

A mãe disse que foi para a Missa da Misericórdia nos últimos dias e que pediu a Deus que seu filho passasse num concurso no Piauí e pudesse voltar para casa. Até o momento a Polícia Civil do Maranhão apura se a morte de Mazoel em um ônibus interestadual, na BR-316, em Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, se tratou de latrocínio. Na ação, foram levados aproximadamente R$ 80 mil dos passageiros além da arma do policial.

Na terça-feira (14), Mazoel não ligou para a mãe como costumava fazer toda manhã. Ela disse ter sentido falta, mas decidiu não ligar porque sabia que ele tinha saído de um longo plantão e poderia estar dormindo, mas, logo, veio a notícia do falecimento do policial que deixa pai, mãe, noiva e cinco irmãos.  "Ele estava vindo ao Piauí para prestar apoio à noiva. Ela perdeu o pai no domingo. Eles estavam de plano casar ainda esse ano", disse cabo Herculano, chefe imediato do soldado.

Mzoel tirou seu último expediente no final de semana. Os colegas de farda que estiveram com ele de sexta-feira a domingo, foram ao Piauí para se despedir do amigo. "Viemos de Coronel Poço, que fica a cerca de 700 quilômetros de Teresina prestar a última homenagem a ele. Mazoel era o motorista da nossa viatura. Era um cara humano e preocupado com o próximo", conta o cabo Herculano.

Os colegas definem Mazoel como um bom homem, preocupado com a família. "Nos falávamos todos os dias. Ele era meus braços e minha pernas. O pai dele já é adoentado e era ele que resolvia tudo na minha casa. Ele tava sempre aqui, a cada 15 dias, às vezes um pouco mais, ele vinha nos visitar", recorda a mãe.

Mazoel saiu do plantão na última segunda-feira (13), às 10 horas. Por volta das 18h ele embarcou para Teresina. 

"Antes de embarcar, ele me mandou uma mensagem e, por volta de 1 hora da madrugada, recebemos a informação da morte dele. A gente fica em choque, não quer acreditar, pensa que foi só baleado. Eu senti muito a partida dele. Estamos juntos há cinco meses e construímos uma amizade. Somos quatro pessoas dentro da viatura, nosso trabalho é duro e sério, mas temos os momentos de descontração dentro da viatura. Ele vai fazer muita falta para a Polícia Militar do Pará", disse o cabo Herculano.

O velório de Mazoel foi encerrado às  9 horas. O corpo do Militar foi levado para o município de Pau D'Arco para ser sepultado.

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