Dr. Júnior, Rafael Luis e dois apoiadores. |
É sempre esperado que o anúncio da confirmação de uma pré-candidatura, ainda mais a prefeito, aconteça durante um evento que reúna o maior número possível de lideranças políticas e demonstre com isso a empolgação e o peso da escolha. Mas, curiosamente, não foi isso que aconteceu em São Luís Gonzaga do Maranhão.
Com o semblante abatido e sem firmeza na voz, o prefeito Dr. Júnior (PDT) apareceu na manhã desta quarta-feira (22) em um vídeo declarando seu apoio a Rafael Luís, assistente dele que age como se fosse um ajudante de ordens. A gravação foi feita, ao que parece, no gabinete da prefeitura, na presença do próprio Rafael Luís e de outros dois apoiadores.
A iniciativa pegou a população gonzaguense de surpresa e há quem desconfie do que possa estar verdadeiramente por trás desse anúncio feito às pressas e trancado a quatro paredes, pois, vale lembrar, Rafael Luis permanece afastado pela justiça do cargo que ocupava na administração municipal por ter sido citado como um dos envolvidos no rombo milionário que desviou quase R$ 5 milhões dos cofres da prefeitura.
Tio do prefeito envolvido
Seu Nani e Rafael Luis. |
Durante a operação do Ministério Público do Estado do Maranhão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), no último dia 30 de abril, foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos, além de armas, munições, veículos, cheques e dinheiro em espécie. Foi autorizado, ainda, o bloqueio do valor de R$ 4.636.709,32 (quatro milhões, seiscentos e trinta e seis mil, setecentos e nove reais e trinta e dois centavos) nas contas bancárias de todos os investigados, correspondente ao dano causado ao erário.
Delação premiada
A ação que parou o município contou com o apoio de 25 equipes e mais de 70 agentes da Polícia Rodoviária Federal que prestaram suporte operacional no cumprimento dos mandados, e, diante de tantas evidências, não é descartada a decretação da prisão de Rafael Luis e do Seu Nani, sendo esse o grande temor de Dr. Júnior, pois surgiria a hipótese de um acordo dos dois com as investigações do Ministério Público, ou seja, abrindo mão do direito ao silêncio, e em troca, receber uma vantagem, aplicação conhecida como deleção premiada.
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