Polícia acaba com protesto em lixão, restabelece a ordem e desmonta 'palanque' da oposição

Com pretexto de protestar contra o lixão instalado há quase duas décadas em uma área próxima a bairros como Vila São João, Pantanal e Vila da Paz, um pequeno grupo de moradores prejudicados com a situação se juntou a meia-dúzia de oportunistas que enxergam no problema uma escada para tentar subir no conceito do eleitorado, já que tal iniciativa só acontece de quatro em quatro anos, curiosamente em anos de eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador.

Apesar de ter razões para acontecer, o movimento da semana passada não partiu da livre iniciativa popular, foi organizado por políticos e cabos-eleitorais que montaram tenda, financiaram alimentação e bebida e até deram garantias de bons advogados para defender os participantes caso necessário, como mostram vídeos, fotos e prints de conversas obtidos pelo omaranhense.com.br.

Um dos nomes citados foi do empresário Marcos Miranda.

Júnior da Caçamba, cabo-eleitoral de Marcos Miranda,
era um dos incentivadores e deu garantidas.

As condições no local, de fato, não são as melhores, e se agravaram nesse período de chuvas quando a água empurrou o lixo para o meio da estrada que passa ao lado do lixão e dá acesso a povoados da zona rural, dificultando o trânsito de pessoas e veículos.

O protesto impediu a passagem  das caçambas que recolhem os resíduos domésticos pela cidade, gerando acúmulo nos canteiros e portas dos moradores, como ainda do comércio, e, para restabelecer a ordem, no sábado (20), o 15° Batalhão de Polícia Militar desobstruiu a estrada e a coleta voltou à normalidade.

O Ministério Público do Maranhão acompanha o caso de perto e a Prefeitura de Bacabal está comprometida em continuar se empenhando para amenizar os reflexos do problema no cotidiano dos moradores.

Quando candidato a prefeito, bem intencionado Edvan Brandão chegou a incluir o tema em seu plano de governo, instrumento de planejamento em que se estabelece as diretrizes e as medidas que serão tomadas na gestão.

Pessoas experientes no assunto ouvidas pelo blog, explicam que lixão não protege o meio ambiente e nem a saúde pública, além de contaminar o solo e o lençol freático, no entanto, aterros sanitários são obras complexas de engenharia e de elevado custo financeiro, só sendo viável através de recursos do Governo Federal.

Em artigo publicado na internet, o Movimento Lixo Cidadão diz que seriam necessários R$ 26 bilhões para eliminar os lixões no Brasil.

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