Prefeita virou as costas para o município dela e só se decida à campanha do marido em Bacabal. |
Em arquivos de áudio vazados de um grupo de WhatsApp, uma senhora falando em nome da prefeita Marlene Miranda, pede desculpas à algumas pessoas de Bom Lugar pelo cancelamento de uma excursão que os levariam de ônibus escolar para um banho em localidade não revelado nas gravações. "Sei que vocês já estavam organizados, inclusive, tivemos contato com a secretária [Educação] para comprar frutas, só que a nossa prefeita achou melhor deixar isso pra depois", disse.
Na continuidade da fala, a mesma senhora confessa que uma das explicações de Marilene Miranda para cancelar a viagem foi o medo de alguém filmar o ônibus escolar saindo do município sem as demandas dos alunos. "Então, ela [a prefeita], achou melhor deixar a viagem para depois da campanha [Eleitoral], sei que é chato isso, mas foi o que ela pediu que eu falasse pra vocês nesse momento, e prometeu coisas boas para a gente depois das políticas. Ela não quis gravar".
Em momento posterior, ela volta a defender a prefeita. "Nós estamos apenas sendo alertados pela prefeita para sermos cautelosos e não prejudicá-la. Vamos esperar a política passar para que tudo possa se resolver".
O mais grave é dito por outra mulher, que participaria da excursão. "Acho que esses ônibus vão carregar [os moradores de Bom Lugar] para Bacabal. Não é comício, é outra coisa lá, não sei se é hoje ou amanhã. Aí não deu certo para a gente ir [à viagem]".
Escabreada
Coincidentemente, nesta quinta-feira (5), circulou também em grupos do Whatsapp print de outra conversa. Nela, uma servidora municipal conta que ela e os colegas de trabalho foram intimados a participarem nesta sexta-feira, em Bacabal, da inauguração do comitê de campanha de Marcos Miranda.
Gaeco
Esse pé no freio da prefeita de Bom Lugar se dá em razão de uma série de críticas feitas nas tedes sociais por moradores do município, mas, principalmente, em circunstância de procedimento investigatório aberto pela Promotoria de Justiça de Bacabal, sob o comando da promotora Klycia de Menezes, acolhendo denúncia encaminhada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção (Gaeco), relatando ocorrência de supostos atos de improbidade administrativa praticados pela gestora municipal e a chefe de Seção de Patrimônio do Município, Jaqueline de Sousa Silva.
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