Em Bacabal, nas últimas semanas muito se falou da decisão do ex-senador João Alberto em se afastar do mandato de vereador pelo período de 120 dias com a justificativa de tratar de assuntos particulares, assim, cedendo, temporariamente, a vaga para o colega do MDB, Melquiades Neto, primeiro suplente do partido, que, inclusive já foi empossado.
Ao tomar conhecimento do fato, a população foi tomada por uma onda de incertezas, chegando a se levantar a hipótese de renúncia, descartada por correligionários próximos ao ex-senador. Mas, haveremos de convir que quem imaginou dessa forma tem razões para tal, pois, essa não é a primeira vez que João Alberto abre mão de um mandato dado a ele pelo eleitorado local. Eleito a vice-governador na chapa de Epitácio Cafeteira, em 1986, dois anos depois ele se candidatou a prefeito de Bacabal e elegeu-se, e, por um período, adotou uma "solução intermediária". Ao invés de renunciar a vice-governadoria, como deveria ser, só licenciou-se enquanto administrava Bacabal, situação que perdurou no primeiro semestre de 1989. Findo este prazo, Souza renunciou à prefeitura e reassumiu o mandato de vice-governador.
Posteriormente, Souza que já havia sido deputado estadual e federal, assumiu a titularidade do mandato de governador e esteve no Senado até se "aposentar" da política, em fevereiro de 2019.
Convencido que faltava algo a sua rica carreira, João Alberto retornou à cena e pleiteou um mandato de vereador de Bacabal nas eleições municipais de 2020, quando sofreu um inesperado revés. Quatro anos depois deu a volta por cima, elegendo-se como o mais votado, e, daí, passando a alimentar outro desejo: de presidir a Câmara Municipal, algo que não conseguiu, pelo menos, até agora.
O certo é que, assim como desistiu do cargo de prefeito, o ex-senador, como dito no início, se licenciou da vereança, e, pior, apenas dois meses depois de assumir.
Por fim, permanece uma dúvida no ar: será que ainda veremos João Alberto no plenário do nosso parlamento ou é um ponto final?
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