Delegado e investigadores da 16ª DRPC de mãos atadas e crimes insolúveis

Luana Ribeiro Rêgo, 29 anos
(Arquivo).

A segurança pública no Médio Mearim há bastante tempo vem cambaleando, sem perspectiva de melhoria a curto prazo. Até o final do ano passado, só Bacabal, considerada a capital da região, tinha no parlamento estadual nada menos do que três deputados, todos integrantes da base de apoio ao Governo Carlos Brandão (PSB), portanto, com trânsito livre para cobrar investimentos no setor, evitando que a sociedade não permaneça convivendo diante de crimes insolúveis, sem a possibilidade da Polícia Civil obter indícios das autorias, atuando desprovida de elementos probatórios seguros que possam ser suficientes para ensejar condenações e, por extensão, causar a sensação de justiça.

O que também preocupa  a sociedade é que a maioria dos últimos crimes tem tido características de execução, que não oferece a mínima chance  às vítimas, como ocorreu recentemente no caso do empresário Rejane Laércio, e, mais atrás, com o casal "Netão" e Luana Ribeiro Rêgo, 29 anos de idade, mortos com diferença  de dias. Ela, atingida à bala dentro de casa, no centro, ele na calçada de um imóvel no bairro Trizidela. Ambos à luz do dia.

No caso da mulher, câmeras próximas registraram o momento exato em que o criminoso efetuou os disparos do lado de fora da residência, localizada na rua Gonçalves Dias, antes de sair caminhando até à uma esquina próxima tomando rumo ignorado. Um suspeito, vulgo  Capininga, chegou a ser preso, mas até hoje nega envolvimento.
Alem destes três crimes citados como exemplos, há outros parecidos que estão sem resposta e os autores em liberdade, pois, sequer, há provas para prende-los, e, pior, nem se tem noção do paradeiro deles. 

Sem o dever de ofício, profissionais da imprensa é quem às vezes correm atrás de reunir informações que colaborem com as investigações, pois, a  16ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC), sediada em Bacabal, e que abrange Alto Alegre do Maranhão, Olho d'água das Cunhãs, Paulo Ramos, São Luís Gonzaga do Maranhão, São Mateus do Maranhão e Vitorino Freire, tem algumas viaturas com problemas mecânicos, quadro pessoal insuficiente,  e, principalmente, sobrecarregado.

Sem se esquecer, é claro, que as Delegacias do 1° e 2° Distritos Policiais de Bacabal funcionam sem a figura do delegado.

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